segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fim de ano e começo de ano em família

O fim do ano sempre foi minha época preferida: férias, meu aniversário, natal, comilanças e família reunida.
Nego e eu combinamos que esse ano passaríamos o natal no Rio, com as famílias dele e o começo de ano aqui, com as minhas. Eu, é claro, apesar de ter não só concordado como até sugerido isso, chorei de saudade. Ah, nem, Natal fora de casa é muito ruim!
Na ceia ficamos com a família materna dele. Aurora ganhou vários presentes, foi muito mimada, distribuiu muitos sorrisos e ainda ganhou uma camona de casal da bisa emprestada (vó da prima do Arthur) pra dormir. Eu fiquei toda preocupada de não ouvir, caso ela acordasse, por causa do barulho do pessoal conversando. Toda hora ia checar nela. Mas ela dormiu como um anjinho. Lá pela 1:30 começamos a arrumar pra ir embora e eu fiquei receosa de acordar a Lola e ela fazer um escândalo. Hã, que nada! Ficou esfregando os olhinhos até acordar e, aí, distribuiu mais um montão de sorrisos.
Tio Fernando foi meu amigo oculto e, na hora de me descrever, disse que eu tinha já ganhado o maior presente esse ano. Não ficou nenhuma dúvida. E, realmente, Aurora foi a coisa mais linda que eu podia querer.
Com a prima Julia (e a priminha Maria Clara na barriga!)
Aí no almoço, um dia bem quente, fomos pra casa da vó paterna do Nego. Mais presentes, mais mimos e sorrisos. E outra camona, dessa vez da bisa de verdade, pra uns cochilos. Lolola traz tanta alegria pra todo mundo... E não é só porque é a nossa filha, mas porque ela é gostosa mesmo! Simpática, sorridente, esperta. E eu não estou sendo coruja!
Natal na casa da Bisa Marly
Aí passamos o dia 31 na estrada, a caminho de Campo Belo. Aurora se comportou muito melhor do que eu imaginei. Como ela quase não deixa a gente ficar com ela no colo sentados, pensei que teríamos que ficar em pé no corredor do ônibus pra ela ficar calma. Mas ela dormiu grande parte da viagem e, quando estava acordada, a gente ficava passando ela de um colo pro outro, pra ela não cansar da mesmice. rs
Em Campo Belo fomos recebidas na rodoviária pela Vovó Pampy e Dindinha Jojô, ambas muito felizes, mas sem chorar - eu tinha apostado uma trufa com o Nego que minha mãe chorava e ela me fez perder a aposta... rs Depois apostei que minha vó chorava, mas também não. Esse povo de hoje em dia se emociona sem lágrimas... Coisa engraçada, né?
Fomos direto pra roça, onde o Biso e a Bisa nos aguardavam. Foi uma noite super simples e agradável, apesar de a Lola estar com um humor menos amigável, cansadinha por causa da viagem. Jantamos em família e deitamos cedo. Todos os dias lá na roça ela ficou até bem, mas parecia um pouco mais irritada, talvez estranhando a falta do quartinho dela e da nossa rotina.
Eu virei uma fera, porque botar neném pra dormir não é brincadeira. Cansa mesmo. E aí, sempre que ela dormia, eu saía dando "Shhh!!!" em todo mundo que falasse um pouco mais alto.

Daí depois fomos os três pra Perdões, onde a casa é cheia e o povo conversa alto. Aurora andou bem mais chorosa por lá... Sorriu muito, fez muita gracinha e foi muito babada, mas eu senti que ela estava bem mais irritadiça... Resultado: comecei a ficar doida pra voltar pro Rio... rs Vi que isso de casa com muita gente pra ajudar a olhar nem sempre significa que a gente vai se cansar menos. Eu, até hoje, ainda não consegui descansar direito...

Domingo cedo o Nego voltou pro Rio... Foi super triste. Aurora não viu nada, estava enfiada no peito, mamando, quando o ônibus saiu. Agora estamos em Campo Belo e mesmo eu não tendo que fazer almoço e arrumar a casa, parece que não consigo descansar. Lolola já está mais calma e estou preferindo evitar multidões. Domingo cedo ela abriu um berreiro quando fomos à Igreja e aquele tanto de gente veio querendo ver, pondo a mão... Vai ser meio anti-social que nem a mãe. rs

Percebi que desde que a gente chegou em Minas a Lola não tem conversado muito... Faz barulhos, mas não é aquela conversinha enrolada dela, que nem ela fazia no Rio... E até quando estou só eu e ela, tento puxar assunto, mas ela não conversa... =/ Será que ela regrediu? Será que é por causa do ambiente novo?

É... Eu estou com saudade do Rio...
Tem coisa que não muda, né? Uma delas é a minha insatisfação em relação aos lugares. 
"No elevador penso na roça, na roça penso no elevador"
Drummond